Japão já dizimou sua população de atuns e agora está caçando no Brasil

22/08/2012 00:52

Japão já dizimou sua população de atuns

e agora está caçando no Brasil

Vista-se

Com navios imensos e preparados para caçar por até 90 dias sem aportar, japoneses estão destruindo a vida no litoral do Rio Grande do Sul

Em uma excelente matéria com apanhado de informações resultantes de investigação intensa, a Folha de S. Paulo denunciou esta semana a caça japonesa em águas brasileiras. Com autorização do Ministério da Pesca, comandando desde de março de 2012 por Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, embarcações gigantescas vindas do Japão estão fazendo por aqui o que já fizeram por lá: dizimando os animais para vendê-los a restaurantes e indústrias de enlatados.

“Comida” ou vítimas da nossa ganância?

“Os peixes são em sua essência comida ou vida selvagem desesperadamente necessitada de nossa compaixão?”, questiona o jornalista Paul Greenberg em seu livro-reportagem “Four Fish” (Quatro Peixes). A alta lucratividade do negócio faz os pescadores “esquecerem” que estão causando extrema dor a animais inocentes e destruindo o equilíbrio dos oceanos.

Segundo a oceanógrafa Sylvia Earle, da National Geographic Society, referência mundial em oceanografia, mais de 95% da população mundial de atum-azul já se foi e as outras espécies de atum estão seriamente ameaçadas pela pesca predatória.

Jogo político propicia o esquema

O economista paraibano Gabriel Calzavara de Araújo, ex-diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura (1998-2002, no segundo governo FHC), é dono de 2 das maiores empresas de arrendamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras. Apenas uma de suas empresas, a Atlântico Tuna, que opera desde março de 2011, faturou no ano passado US$ 9 milhões com a exportação de 2.000 toneladas de atum. Sob a gestão de Gabriel, o Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura publicou o decreto 2.840, de 10/11/1998, que possibilitou a abertura do oceano brasileiro para a exploração japonesa.

Confira a reportagem da Folha, indispensável:
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