Brasil é referência mundial para políticas econômicas sustentáveis, afirma analista da UNCTAD

18/09/2012 17:38

Brasil é referência mundial para políticas

econômicas sustentáveis, afirma analista da UNCTAD

Onu Brasil

Relatório de Comércio e Desenvolvimento 2012Ao aumentar o salário, o consumo e o investimento, o Brasil conseguiu moderar o impacto da crise por meio de programas de expansão da demanda interna, disse Alfredo Saad Filho, economista da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). “O Brasil é referência mundial para políticas de desenvolvimento econômico”, disse Saad por videoconferência hoje (12) durante o lançamento do Relatório de Comércio e Desenvolvimento 2012, que no Brasil ocorreu no Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

O relatório da UNCTAD faz um mapeamento de tendências econômicas e problemas financeiros atuais. O estudo afirma que entre 2006 e 2012, 74% do crescimento mundial foi gerado pelos países em desenvolvimento. A boa performance das nações emergentes está ligada a suas políticas ousadas de sustentação da demanda doméstica. No entanto, estes países não podem assegurar sozinhos o crescimento da economia global, que ainda é dependente dos países desenvolvidos.

Ouça a coletiva na íntegra:

Segundo o documento, a falta de demanda e o reduzido consumo são os principais limitadores do crescimento econômico. O estudo defende que a solução apropriada para a crise é a sustentação da demanda agregada e, por isso, considera a política de contenção de consumo na zona do Euro equivocada. A zona tem o pior rendimento econômico dentre os países desenvolvidos.

As recessões europeia e norte-americana estão relacionadas à deterioração da distribuição de renda, apontou o economista. Essas nações preferiram exportar fatias da produção nacional para economias emergentes e grande parcela de seus lucros foi dirigida ao pagamento de dividendos, o que acarretou em lucros individuais junto com o aumento da desigualdade.

Para retomar o crescimento, o relatório avalia que os países em desenvolvimento devem investir no mercado doméstico, sua principal fonte de demanda. Ainda segundo o documento, as políticas fiscais, de crédito e de distribuição de renda são importantes para a sustentação do consumo interno.

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