20/07 a 11/08 - Ciclo de palestras no RJ debate a condição da mulher brasileira ao longo dos séculos

20/07/2011 14:16

Ciclo de palestras no RJ debate a condição

da mulher brasileira ao longo dos séculos

O ciclo de quatro palestras20/07) com a historiadora Georgina dos Santos e a atriz Ruth de Souza, com o tema A condição feminina no Brasil Colônia. Na quarta seguinte (27/07), será a vez das pesquisadoras Constância Lima Duarte e Edinha Diniz debaterem Arquivos de Mulheres e Mulheres Arquivadas do século XIX. Já o encontro de quinta-feira (04/08) vai contar com as palestras da antropóloga Mirian Goldenberg, do escritor Ruy Castro e com o depoimento da atriz Norma Bengell sobre Mulheres no alvorecer e anoitecer do século XX: Carmen Miranda, Pagu, Leila Diniz, Norma Bengell. Para fechar, na quinta (11/08), a escritora Cecília Prada e a presidente da Fundação Theatro Municipal e cineasta Carla Camurati vão debater a Mulher no século XXI – Condições de Emancipação. 

O ciclo de palestras Mulheres Inesquecíveis acontece no auditório Machado de Assis, da Biblioteca Nacional (Entrada pelo jardim da Rua México, s/n° – Centro). Os debates começam às 18h e a entrada é franca.  Brasil Feminino está no Espaço Cultura Elizeu Visconti, localizado no primeiro andar da Biblioteca Nacional. A entrada é franca e os horários de visitação são de terça a sexta, das 10 às 18h, e aos sábados, domingo e feriados, das 12 às 17h. 

A condição feminina no Brasil Colônia

A época de colônia não foi fácil para as mulheres. O peso do feminino era irrelevante na sociedade. As pinturas de Carlos Julião, por exemplo, retratam a ausência delas nas ruas do Rio de Janeiro. Para ilustrar esse período – exposto na primeira parte da mostra Brasil Feminino da Fundação Biblioteca Nacional –, a primeira palestra do ciclo Mulheres Inesquecíveis terá como tema A condição feminina no Brasil Colônia. No debate, estarão presentes a historiadora Georgina dos Santos e a atriz Ruth de Souza.  

O ciclo Mulheres Inesquecíveis faz parte da exposição Brasil Feminino. A ideia dos organizadores é ilustrar o que os visitantes encontram na mostra.Para isso, a Biblioteca Nacional vai trazer importantes ensaístas, pesquisadoras e artistas para debater a condição social feminina em cada um dos períodos históricos retratados pela exposição. Os encontros terão mediação da jornalista e crítica literária Claudia Nina.   

A condição feminina no Brasil Colônia será realizado no auditório Machado de Assis, da Biblioteca Nacional (Entrada pelo jardim da Rua México, s/n° – Centro), terça-feira . Os debates começam às 18h e a entrada é franca. 

Exposição Brasil Feminino na Biblioteca Nacional

Brasil Feminino resgata trajetória e ascensão das mulheres no Brasil em cinco séculos em 150 documentos raros, fotografias, jornais, revistas e pinturas de artistas como Debret e imagens como a da Lei do Ventre Livre

A Biblioteca Nacional abre, até o dia 26 de agosto, a exposição Brasil Feminino, que reconstitui a saga da mulher brasileira dos tempos coloniais até os dias atuais. Por meio de 150 fotografias, jornais, revistas, pinturas e documentos raros selecionados no acervo da BN, a mostra traz as histórias de mulheres que, com seus trabalhos, suas ideias e crenças, vêm mudando a história do Brasil. “São histórias que se confundem com a própria história do Brasil”, afirma o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.
 

De Mãe Menininha do Gantois, Clarice Lispector e Pagu a Zilda Arns, Ruth de Souza, Carlota Joaquina e Maria Leopoldina. De Maria da Penha, Bertha Lutz, Ana Maria Machado e Benedita da Silva a Hilda Hilst, Lygia Bojunga, Lygia Fagundes Telles e Fernanda Montenegro. Da tenista Maria Esther Bueno e a jogadora de futebol Marta à Seleção Feminina de Vôlei, medalha de ouro em Pequim. De Tônia Carrero, Norma Bengel, Marta Rocha, Maria Bethânia e Rita Lee à presidenta da República, Dilma Rousseff, estão todas lá.
 
A exposição aborda cinco diferentes temas: a condição subalterna da mulher; a consciência política e luta dos direitos civis; a ação social e educação; o comportamento e, por fim, a atuação científica e cultural. Segundo a diretora do Centro de Referência e Difusão da Biblioteca Nacional, Mônica Rizzo, a mostra vai privilegiar os documentos de registro do cotidiano, como jornais e revistas. “A ascensão social da mulher é uma história a ser contada. Ainda faltam livros sobre o tema. Por isso, vamos mostrar essa trajetória com os jornais e as revistas, sendo, muitos destes, inéditos ao público”, afirma.
 
“Utilizando-se de elementos do universo feminino, a exposição guarda surpresas aos visitantes, que encontrarão experiências sensoriais para o tato, visão e audição”, revela Suely Dias, coordenadora de Promoção e Difusão Cultural, da FBN. Ela destaca também o livro Ordenações e leis do Reino de Portugal, de 1603, do acervo da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional – que demonstra a severidade no trato legal que as mulheres sofriam no século XVII –, e o jornal O sexo feminino – da pequena cidade Campanha, do sul de Minas Gerais, de 1873 – que defende mudanças em favor da igualdade –, são exemplos dos importantes registros escritos em exposição. 
 
“Os periódicos foram o principal canal de comunicação do movimento feminista”, diz Marcus Venicio, curador da exposição, juntamente com Luciano Figueiredo. Além desses documentos, também compõe a mostra as pinturas de Debret e Carlos Julião, que retratam o cotidiano do espaço público do Brasil do começo do século XIX sem a presença de mulheres, apenas escravas.
  
“A exposição Brasil Feminino pretende celebrar o duro caminho de libertação da mulher brasileira, o seu deslocamento heroico do espaço doméstico, a que se recolhia, rumo ao espaço público, capitaneado tradicionalmente pelos homens”, explicam os curadores. A ideia é apresentar as diversas facetas da mulher brasileira e demonstrar a maneira pela qual ela conseguiu ascender socialmente, culminando com a eleição, em 2010, da primeira mulher a ocupar o a Presidência da República.
 
A exposição, que integra as comemorações dos 200 anos da Biblioteca Nacional, acontece na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, no Espaço Cultura Elizeu Visconti, localizado no primeiro andar (Rua México, s/nº - Centro – Rio de Janeiro). A entrada é franca e os horários de visitação são de terça a sexta, das 10 às 17h, e aos sábados, domingo e feriados, das 12 às 17h.