OH! SÃO PAULO

03/03/2010 09:00

Graffiti    

 OH! SÃO PAULO

Cintia Thome 

 

Colagoradora do www.overmundo.com.br

Recebi o convite OH! SÃO PAULO, do artista plástico, amigo “Flickriano”, Dan Mabe e devido a importância que dou às manifestações do Graffiti, compartilho este convite.

Graffiti, para mim, é arte livre, sem a preocupação da crítica estética que nos últimos anos, está ganhando até os espaços de galerias e museus; é criação livre, urgente de cunho popular quase sempre com conotação e preocupação social. 

Eu apaixonada por esta arte desde tempos de Alex Vallauri, no Brasil, nos anos 70 e nos países como os Estados Unidos (NY), como o excepcional artista Basquiat, nos anos 80 e França, nos anos dos movimentos estudantis, que gerou a greve geral de Maio de 1968 e grandes conflitos a partir de movimentos contra culturais, na forma de recados políticos e da literatura. 

Graffiti se faz em qualquer lugar, sem o suporte/material destinado, comum a todas as outras artes. Ela está mais presente em muros, grandes murais, nos metrôs, espaços públicos, edifícios/prédios abandonados em várias linguagens, estilos e materiais. Obras de arte que falam com seriedade, dão o seu recado à multidão, cor ao cotidiano das cidades. Arte que se manifesta nas ruas por tribos urbanas, artistas plásticos, a street art ou arte urbana. 
Graffiti é alerta, é poesia.

Imperdível.


Cíntia Thomé

OH!
O grupo OH! originou-se em 2005, no bairro de São Gonçalo, berço do graffiti carioca, na cidade do Rio de Janeiro.
A origem do nome vem da interjeição OH! que muitas vezes é utilizado pelo espectador frente a uma obra de arte, traduzindo o sentimento de admiração,entusiasmo e até mesmo espanto. É essa a intenção do Coletivo OH, causar impacto visual por meio de boas obras de arte em galerias e museus ao redor do mundo assim como em intervenções urbanas.
O grupo sempre almejou formar uma rede mundial de artistas com a mesma ideologia: Conquistar valorização e reconhecimento como artistas, ou seja, viver da arte e pela arte. Para muito isso pode até parecer utopia, mas para estes artistas, as conquistas são consequencias de uma grande busca pelo aprimoramento técnico e conceitual de cada um.
Atualmente contam com núcleos no Brasil (RJ – SP – BA e PR), Portugal (Lisboa – Porto),
Inglaterra (Londres), Angola (Luanda) e Argentina(Buenos Aires) totalizando 29 integrantes.
OH! São Paulo é formado pelos artistas: Dan Mabe, ENIVO, Jerry Batista, SLIKS, Tché e Zumi.Com o passar dos anos, os integrantes do grupo vem se destacando e se introduzindo gradativamente em espaços como:
• Museu de Arte Contemporânea em Niterói-RJ o MAC.
• SESC São Gonçalo.
• SESC Niterói.
• Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
• Pinacoteca do Estado de São Paulo.
• Galeria Sobrado Cultural.
• Galeria Mônica Araújo em Friburgo.
• Intervenção urbana para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007.
• International Artexpo New York em 2009.
• Exposição coletiva no Espaço Cultural Crew Rassan em Lisboa.
• Exposição Panorama Brasil-Portugal em Movimento - Universidade de Nova de Lisboa, Portugal.
• Participação no seminário “Lugar da criação artística nos sistemas de re-inserção
social” na Fundação Calouse Gulbenkian em Lisboa.

DAN MABE
Dan Mabe , Bacharel em Artes Visuais pela Faculdade Belas Artes de São Paulo tem participado de exposições coletivas e salões de arte no Brasil e no exterior. Recentemente expôs suas obras em Lisboa e Nova Iorque. A produção do artista atualmente gira em torno de temáticas ligadas ao viver coletivamente, para isso representa nas telas personagens com características urbanas como figuras humanas muitas vezes aglomeradas sobre um espaço, inseridas em um contexto urbano ou retratando temas da cultura brasileira como o samba, a capoeira e festas regionais. Além das telas, o artista utiliza o Graffitia escultura, a gravura e a toy-art para explorar a mesma temática em diferentes suportes. Para retratar o viver coletivo além das figuras humanas utiliza com frequencia em suas obras personagens que remetem à imagem do cachorro, isso se deve ao fato do cachorro ser um dos poucos animais que esteve presente na vida do homem desde os primórdios da civilização até os dias atuais o auxiliando em tarefas como a caça, a guarda, guia para deficientes visuais ou servindo de companhia. Em alguns trabalhos retrata o cachorro de rua, vira-lata, como forma de reflexão sobre a importancia da diversidade étnica, cultural e da miscigenação que vivenciamos ou encontramos no Brasil.

ENIVO
Marcus Vinícius Teixeira Ramos Silva, graduado em Artes Plásticas pela Faculdade Paulista de Artes tem participado de inúmeras exposições e campanhas publicitárias. Desde 2004 atua com arte-educação em projetos e fundações como oProjeto Quixote e a Fundação Gol de Letra. O artista firmou um pacto vital com a arte e sua essência aos 12 anos de idade, através da primeira experiencia com o Graffiti, em 1998. Desde então, vem marcando as ruas da cidade como
um carimbo de poesias, materializando idéias e sentimentos, através da imagem.ENIVO dedicou grande parte do seu tempo seguindo o intuitivo experimental em sua arte por meio de técnicas, materiais e linguagens possíveis dentro e fora doGraffiti,pintando o momento e valorizando o inconsciente expressivo ao invés do resultado final.
Atualmente, o artista assume todas as mutações em sua obra como portais para o novo entendendo que a técnica, a estética, o conceito e a expressão transitam de forma cíclica, “indo e vindo”, onde cada nova série criada é resultado do que já foi feito e ao mesmo tempo um passo para novas pesquisas, ramificando as idéias e trazendo um leque de possibilidades para futuras criações.

JERRY BATISTA
Precursor do Graffiti na zona Sul da cidade de São Paulo, mais precisamente na região do Grajaú, o artista Jerry Batista que pertence à segunda geração do graffiti do Brasil, vem ao longo dos anos acreditando em sua responsabilidade cultural e justificando o graffiti-arte como transformação,assim influenciando a nova geração local que atua com vigor na região de São Paulo.Suas obras apresentam a agradável harmonia entre elementos de essência e seu imaginário, onde os fragmentos são retratados através de portais observados por um guardião,
associando esse universo lúdico com o local onde vivemos. Assim como as paredes pintadas nas ruas, sua arte vem para contribuir com o processo que tem por finalidade resultar na animação intitulada "Cidade dos Índios – O filme" criação do próprio artista.

SLIKS

Rafael Maciel Aka Sliks iniciou com a Street Art em São Paulo em 1997. Através de suas obras o artista procura rejeitar concepções lógicas e apegar-se no inconsciente como fonte de inspiração.Seu objetivo é expressar boas sensações, representando uma natureza mística misturando
realidade e fantasia em paisagens singelas causando,na maioria das vezes, grande impacto e
curiosidade dos observadores. Com traços que brotam das paredes como plantas cheias de
movimentos e sua percepção capaz de soar tanto suave quanto agressiva, seus trabalhos
estimulam o imaginário do observador através de amplas paisagens e seres imaginários.

TCHÉ
Marcello D’alia Ruggi, Tché está cursando o oitavo semestre de Artes Visuais na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. O artista iniciou suas pesquisas através da influência dos desenhos e ilustrações. A cenografia e o enquadramento dosHQ's foi algo que sempre o fascinou. Após essa
experiência inicial, o artista migrou para o pincel e as tintas.Sua produção contempla: pintura, cerâmica, escultura, instalação, desenho, xilogravura,calcogravura, litogravura, serigrafia,fotografia e vídeo-arte. Nos seus trabalhos atuais procura
dialogar o espaço e seus elementos visuais dispersos. Tché busca inspiração para suas obras nos acontecimentos diários que ocorrem em diversos locais do meio urbano como no trabalho, em sua residência e nos demais ambientes. Em suas obras o artista procura explorar o local com pinturas, painéis em paredes, telas e materiais retirados das ruas. Tché busca através dos seus desenhos e pinturas informar às pessoas e transmitir sensações a partir de símbolos visuais dispersos num espaço imaginário e
abstrato.

ZUMI

Marina Josefovic Aka Zumi, natural da Argentina, é formada em Desenho de Indumentária pela Universidade de Buenos Aires. A artista que foi criada de forma itinerante entre a capital da Argentina, e as regiões costeiras e serranas, captaram nas mudanças de ambiente a falta de natureza nas cidades, a poluição dos ambientes e a alienação por parte dos indivíduos que moram nas cidades. Aos dezoito anos voltou a Buenos Aires para estudar e nessa época teve através do desenho, expressão e meios artísticos bom contato com outros artistas da Street Art.
A partir deste momento, Zumi começou a pintar temáticas diversas que dia a dia variam
seguindo os acontecimentos do cotidiano. A artista acredita ter encontrado seu caminho através da expressão da Natureza no meio do caos da cidade, o que possibilita estar em constante variação, incorporando diferentes técnicas e estilos. Suas obras possuem influências dos diversos estudos experimentos, além das viagens e fotografias feitas pela artista.Fluir, Soltar, Paz, Alegria e Consciência são alguns dos sentimentos que Zumi procura impregnar no cinza das cidades através da sua Natureza sutil, sintética e algumas vezes psicodélica.



Exposição OH! SÃO PAULO
O Coletivo OH! SÃO PAULO
Abertura dia 03 de Março às 19 h até 31 de março --- Espaço Galeria 3058A, da também artista plástica e curadora Anna Guerra
R. Da Consolação, 3058(Mapa-como chegar) – Jardins
ohcreusp@gmail

material – Dan Mabe

Links:
https://www.danmabe.com.br/
https://www.flickr.com/photos/dan_mabe
https://www.flickr.com/photos/enivo/
https://www.flickr.com/photos/jerrypintura
https://www.rprakrti.blogspot.com/
https://www.flickr.com/mad_ruggi
https://www.youtube.com/tcheru8
https://www.flickr.com/photos/_zumi_/